Oi, curtes Vampire Weekend?
Gostaria de escrever sobre a singularidade de cada ser. O
"descortinar do detalhe". A invenção do dêmo para a apreciação fatal
do que culmina no nosso fim.
Na ideia sã que não estou são, mas sou capaz de ter gasto horas
intermináveis a pensar no quão são consigo ser ao pé de ti. De tentar desenhar
um daqueles mapas e ligar os pontos, tudo isto só para adivinhar uma conversa
contigo. Esse meu hobbie dá-me prazer até mais não. Só pensar que posso falar
contigo mais umas horas, mesmo que seja só na minha cabeça, nada me deixa mais
feliz.
Devido à distância de dois dedos, ou mesmo que sejam dois dedos
que nos liguem, nada me deixaria mais feliz que dois dedos de conversa.
Conversa com dois dedos de testa. Um passinho de dança e um braço para apoiar a
queda.
Que queda?
Que queda!
Caí completamente. Clichê, mas e quê? Nunca fui muito original
naquilo que sentia, só nunca senti. E por nunca ter sentido, achei nunca sentir.
Mas todas aquelas voltas de estômago não podem ser gases, muito menos sintomas
prévios de parto.
Já ameacei que parto. Saio daqui para fora ou parto a louça
toda.
Sou um zero à esquerda e não digo uma coisa direito. De oito a
oitenta sem tirar o pé do travão. Gasto o alcatrão só para dizer que estou
atrasado - não sou.
E se sou é por falar contigo, tanto Manuel Cruz e Tiago Gonçalves,
tanto Pessoa como Espanca olham para mim lá do alto como mais um dos seus
parceiros de escrita. Não que escreva como eles, mas sinto-me como eles - incompreendido. E se ninguém escreve aquilo que eu quero ler, escrevo eu. Se
todos te dizem que és bela, então vou dizer que és horrível. Não que
acredite, mas eles também não.
Sou sincero naquilo que digo e se digo que quero estar contigo, o mínimo
é desligares o telemóvel antes que eu me passe e te diga o quanto não te amo,
mas gostaria.
Comentários
Enviar um comentário